segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

é preciso tartarugar?

é que eu sinto uma urgência
como se eu fosse morrer muito jovem
trinta anos se passaram
eu ainda estou aqui


carinharnaval

carinho
ding-dong
de quem é essa mão
fios soltos
desprender-se
desatar para enlaçar
tá todo mundo bem
interrogações que afirmam
que horas devem ser
fome de coxinha
pintar a unha assim
pequenininha
pintar as unhas assim
l a r g a s
os olhos são a janela da alma
dizem
confirmamos sorrindo
fios soltos
pelo chão
colchão
mão
uma purpurina presa ao peito
afinal é carnaval
despir-se em máscaras
em roupas
desnudar-se para encontrar
expandir-se dentro do peito
qual era mesmo essa música que tocava
há tanta vida lá fora
aqui dentro sempre como uma onda no mar




Ah, se já perdemos a noção da hora, se juntos já jogamos tudo fora, me conta agora como hei de partir. 
Se nós, nas travessuras das noites eternas já confundimos tanto as nossas pernas, diz com que pernas eu devo seguir. 
Como, se te amamos feito dois pagãos, teus seios inda estão nas minhas mãos, me explica com que cara eu vou sair.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

quando a noite faz seu ninho

quando a noite faz seu ninho
serena ela surge
penetra lençóis
sem alarde
invade
saúda
entre lábios
arde

saudade.

trançando      

ouvindo sou seu sabiá  

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