Quando retomei, minutos após trabalhar, a leitura, visitou-me um beija-flor. No mesmo bebedouro preso perto da árvore.
Minha varanda tem tela de gato. O passarinho tava cá dentro. E deixou um sorriso em sol dentro do peito.
Senti o mesmo quando recebi esta foto - da prima do cantinho, Ana Lamha - de uma infância com nossa bisavó portuguesa! Angelina Secco. Esse nome tão bonito, que já usei em pseudônimo de concurso literário. Vovó Ína, vizinha de muro, chamava minha mãe de rrrusely, tinha um papagaio que cantava ilariê, tinha jeito firme, oferecia rosquinhas e adorava que minha irmã era chegada no batom vermelho e nuns tamancos.
Poderia dizer também da impressão que tenho/temos com fotos da infância. É tão redescobrir-se. Minha memória é fraca. Não lembro nada deste dia. Mas ver-me outra e eu mesma ali, me faz sorrir de saber-me assim, nesta trajetória misteriosa chamada vida, existir.
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Escrito em fevereiro, era quinta-feira, 2017.