O post de hoje dedico a Joelson, o anjo desconhecido que deixou o meu dia hoje mais florido!
O enterro da estrela
Assim que o sol raiou,
Assim que a manhã surgiu,
uma janela se abriu para ver a estrela que morreu.
Em meio ao grande jardim,
Girassóis, formigas, gafonhotos.
Nenhum corpo celeste estava.
Entre os passos acelerados,
Entre a fumaça dos carros,
Olhos saltavam e buscavam qualquer perdida luz.
Na areia fina e branca
A onda sem quase brancura
Presenteava com pequenos mares
As mãos ali molhadas.
E numa hora assim,
como qualquer outra,
Num instante sem sinos,
Surgiu a estrela na beira.
Seguiu dura e fria
para as mãos macias, com zelo
e depois para um cavado gelado.
Um beijo e o fim.
A janela então se fechou na segurança de papel cumprido.
Aline Miranda, 07/02/08.
5 comentários:
Lembrei de uma frase da Clarice que seria perfeita:
"Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam."
=)
Lindo, lindo!
Tudo que a gente acredita de verdade existe: anjos, papai Noel...
:*
"E numa hora assim,
como qualquer outra,
Num instante sem sinos,
Surgiu a estrela na beira"
Engraçado como poesia pode ser interpretada d evarias maneiras diferentes ate pela mesma pessoa dependendo de varias fatores.As vezes nao deve ser interpetada e nem analisada, rsrs.Amei essa poesia,na vida as coisas mais belas, importantes surgem as vezes de lugares,pessoas, momentos em que vc menos espera.MIl beijocas Lilica repilica hehehe
Marcela :P
não lhe disse da outra vez, quando havia lido...mas o texto é Lindo. E não podia haver titulo melhor: enterro da estrela...
Enterra de vez ou da mais uma carga de energia, para brilhar mais...
Bjos
coisa linda..
gente...coisa mais linda, querida!
=)
Adorei muito muito muito mesmo!
beijinhos estalados na pontinha do seu nariz! =)
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