sexta-feira, 28 de maio de 2010

Alento

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Violão esquecido num canto é silêncio 
Coração encolhido no peito é desprezo 
Solidão hospedada no leito é ausência 
A paixão refletida num pranto, ai, é tristeza 
Um olhar espiando o vazio é lembrança 
Um desejo trazido no vento é saudade 
Um desvio na curva do tempo é distância 
E um poeta que acaba vadio, ai, é destino 

A vida da gente é mistério 
A estrada do tempo é segredo 
O sonho perdido é espelho 
O alento de tudo é canção 
O fio do enredo é mentira 
A história do mundo é brinquedo 
O verso do samba é conselho 
E tudo o que eu disse é ilusão


paulinho da viola.

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