domingo, 23 de dezembro de 2007

CONTEI. ATÉ 100.ATÉ 155.
PAREI E ME DEI CONTA QUE CONTAVA.
CONTAVA ENQUANTO OS OLHOS SE PERDIAM NA TV.TELA VAZIA E SEM GRAÇA.
E MEUS NÚMEROS BALANÇANDO,GIRANDO NA CABEÇA ENQUANTO OS PÉS ACOMPANHAVAM O RITMO.
95, 96, 97... CADA VEZ MAIS RÁPIDO.
101,102...
POR QUÊ CONTAVA?



Achei esse escrito no site antigo.
É de 16 de janeiro de 2007.




quarta-feira, 19 de dezembro de 2007



“Quem for capaz de parar de raciocinar

– o que é terrivelmente difícil –

que me acompanhe”




Foto: Exposição "A Hora da Estrela",
Museu da Língua Portuguesa.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Sempre fico mexida
com filme.
às vezes por minutos,
por horas...
ou por toda a vida.




Hoje a noite estava chuvosa e iluminada pelas árvores na praia.
É o Natal chegando...
E assisti : O Passado.
(recomendo)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007


Na casa de minha avó tinha aquele espelho grande
com dois espelhos móveis laterais.
Eu os abria e me via refletida ali,
infinitamente.
E brincava com os diversos ângulos
que meu rosto poderia ter.



texto: 28/03/07
foto: 01/07/07, parque lage.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007


resto de vinho, na taça
olhar quente disfarça
água que não cessa
mar alto deságua
chuva
deserta
amor,
amor,
desperta.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007


Tomando o leite com toddy, de sempre.
Disfarçando tua ausência, fria.
Deitando pra ler, sozinha.
E o cheiro, que fica.



23h 25/10/07




Inspirações:

"unhas roídas, ausências,visitas.

flores na sala de estar."
(Z.D./C.O.)


"prefiro toddy ao tédio"
(cazuza)

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

ouvindo Trem das cores

A curva na estrada.
A noite.
Luzes amarelas, ora azuis,
casas empilhadas.
Caetano na rádio.
E um sorriso de lua
no escuro do céu.


em 15/10.

domingo, 2 de setembro de 2007

desabafo

Só porque eu li num blog sobre a tragédia do avião da tam e fiquei com um nó na garganta, pensando em tudo aquilo, em todas aquelas pessoas que morreram ali, sozinhas, assustadas, sabendo que iriam morrer, com dor, explosão, fogo, e sem família, sem beijo e sem adeus.

199 pessoas.
199 mortes que poderiam ser evitadas.

e muitos, muitos órfãos de pai, mãe, irmão, filha, amigo, namorado, avô, professor...
são menos 199 sorrisos, idéias, vontades, sonhos e saudades.



Não sei lidar com isso que chamam de morte.

A crise dos trinta...


... Ou uma passagem tardia.



Aos 23 anos, queria ser uma pessoa mais responsável.
Menos imatura, desligada, indecisa e preguiçosa.
Me considerar adulta.


Prestes a completar 23 anos dois lados meus oscilam.
Atos passados que agora repercutem como uma bomba, adormecida.
Do outro lado, atitudes boas para mim, que só agora tenho a coragem necessária.
Tão frágil e às vezes decidida.


Há um passado recente que não me permite fincar os dois pés direitos no futuro.
Palavras não são capazes de alterar ações passadas, posições tomadas. Portanto,
Ponho-me de castigo. Por tempo indeterminado.

01/09/07



FOTO: Sarau na uff, julho de 2007

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Clariceando...

Ela sabia que tudo o que havia vivido até então, era parte de seu crescimento. Experiências que apesar do vazio deixado, reconhecia agora essenciais para ela ser o que estava sendo. Chegara o momento de preencher esses vazios. Com vida. Não se sabia forte o suficiente para tal tarefa. Mas era preciso tentar. Tentar era a prova concreta de que estava viva.



Aline Miranda,em 27/07/07

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Trechos Clariceanos

Terminando de ler "Um aprendizagem", surgiram algumas palavras:


"Sonhou que havia saído de casa com suas pantufas. E parecia que, na rua, pisava em nuvens. Enquanto lembrava sentia os pés aquecerem. O cão caramelo vinha fazer-lhe companhia naquele quintal frio e de balanço solitário pendurado."


"Não gostava de lavar louça após o banho porque o cheiro da louça suja - agora limpa -,impreguinava-se na pele das mãos limpas - agora sujas."


Aline em 27/07/07

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Adoro me perder pela cidade


Adoro conhecer a casa das pessoas, o cantinho onde vivem.
Adoro passar por ruas e bairros que não conhecia.
Adoro me perder pela cidade.
Conhecer todo povo, comércio, residencial, ambulância, estudantes voltando do curso de inglês, os que acordam cedo e os que vão dormir muito tarde.
Gosto de conhecer novos barulhos, cheiros, cores e combinãções.
Perto ou longe, sempre viajar.
Será que o sol aqui se põe como lá?



Na ponte.
Em 28/06/07

quarta-feira, 20 de junho de 2007

20/06/07

Não vou direto pra casa hoje.
Vou saltar na praia, sentar e ler Clarice.
Quero devorar o que falta do livro.
Bom seria poder caminhar pela orla enquanto lia. Mas tropeço, esbarro...é quase perigoso. Se a minha invenção funcionasse...
Aquela, de terem cadeiras passeando por fios presos em postes, por diversos caminhos, como um teleférico, e gratuito.
Eu sentaria ali e ficaria balançando as pernas, anestesiada que estariam com a aprendizagem de Lóri.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Iza...bela


Iza tão bela!

Iza magrela.

Brigadeiro, peteca, sainhas.

Lantejoulas, rímel, gloss

(molhado, grudento, brilhante).


Iza menina,

Iza adulta.

Adúltera.

Sorriso largo, olhos molhados.

Nariz que aponta o centro da vida.

Roda-gigante.


Iza estrela,

Iza sonho.

Pantufa, carinho e poeira.

Corrida ao mar.

Cafés e língua queimada.

Tocar.



Poemeto e desenho: manhã de hoje, na aula!

Inspirado (totalmente livremente) na foto de uma modelo na revista trip, Izabela.

domingo, 10 de junho de 2007

Na praia...


"Gosto do cheiro do mar

Do gosto salgado que fica

Cabelo com jeito de surfista

e vento prá refrescalizar."
FOTO:
Vista do Parque da Cidade,
Niterói.

Meu Perfil

Já havia postado no Bagatelas mas resolvi colocar aqui também.
Vou reescrever do jeitinho que tava lá, mas com foto, do Parque da Cidade, aliás:



Escrevi há um tempo para meu perfil no orkut. Um perfil meu sobre mim.

Aline gosta de música. Boa música. Gosta de cantar, e dançar e pular. E gosta de fazer sorrir. Ela ri sem graça. Gargalha. Tem vergonha. Chora de rir. Ama esmalte escuro mas rói as unhas. Ama ler. E tem preguiça. Até de comer (que também ama). Ama também a madrugada , seu silêncio. E seus barulhos secretos e discretos. Conversa e brinca com crianças. E as observa. Adora o universo dos pequenos, mas detesta ser chamada de infantil. Porque no fundo sabe que é. ("Mas só um pouquinho, né?") Fala tudo no diminutivo, mas isso sai naturalmente, e quer evitar. Pensa, pensa, nossa(!), pensa muito. Mas é sempre o coração que resolve, toma a liderança. Porque ela se deixa mandar. Nem que seja por si mesma. Ou por outras "ela mesma" que inventa. E inventa muitas, que se assusta quando escapam do seu comando. Odeia quando as situações escapam de seu controle. Planeja, faz listas e idealiza tim-tim por tim-tim. Então quebra a cara. Não só por isso. Mas também quando fala demais, e depois se arrepende, mas depois não dá mais. Chora. Muito. Com filme, com música, com palavras ou gritos de alguém. De feliz, de triste, de sentir-se só. Tantas vezes. E procura O colo. Nem sempre tem. E chora baixinho, encolhido,discreto. E sozinha chora alto. Às vezes chora e olha no espelho. Gosta de admirar, a ela e ao mundo. Observa, analisa, julga (com isso também quer parar). De tanto analisar, encontra defeitos. Em si e nos outros. E o mundo desaba: "Eu não sou perfeita?(!)". E deságua: "Por quê fez isso comigo?". Se decepciona porque acha que deveriam todos ser como ela. Se comportar da maneira que ELA julga ser correta. É às vezes egoísta - um dia deixará de ser? - mas tem bom coração. Gosta de ajudar, carinhar, felizar! Só não é muito boa para escutar (gostaria de melhorar). Dá mais do que recebe. Quase sempre. Não liga, até gosta. Mas já achou ruim. Fala "eu acho que" quando tem certeza e "pode ser" para dizer sim. Pensa em ousar.Em tudo. Na vida. Mas não consegue. Algumas vezes experimenta mas não prossegue. Não dá. Essa máscara não é a sua. Mas qual será? Queria ser cantora, uma grande escritora. Ter coluna semanal. E nunca está onde gostaria de estar. (Até que ultimamente isso anda diferente. Por quê será?).
07/01/07

Mas acabei achando muito "livro aberto" e tirei. Mas aqui o acesso é quase nulo. Posso arriscar. E isso é ótimo! E como disse Evinha,se a vida é mesmo uma montanha russa, o jeito e segurar bem forte e gritar!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Boa noite feliz! Que assim seja. :)



FIM...
Há,tinham dois comentários carinhosos que também transcrevo aqui:

gostava muito desse seu perfil! =) bejins...
Maria Flor! =p 23-04-07 00:26

O que fazer com você, Claricinha? Chorei agora, não queria, culpa sua! Fica esparramando essas bonitezas, assim, sem mais, sem placa de sinalização, sem telegrama de aviso? Só pra gente chorar em cima do teclado e o R virar P no borrado da vista?
Evelyn 23-04-07 02:56


Agora é fim mesmo.
E a noite hoje foi feliz!
=)

sábado, 2 de junho de 2007

Onde queres um canto, o mundo inteiro!

Um mundo inteiro, uma página inteira da vida!
Para folhear, escrever, adivinhar.
E para sonhar!

Não é estranho que a gente se aproprie das pessoas em nossos sonhos?
Seria tão bom virar as páginas e ler o que vem depois...
Eu quero uma linda história para me escrever!!!

(madrugada de hoje)

sexta-feira, 18 de maio de 2007

O Tempo Não Pára


Esta noite rererevi o filme Cazuza , pela quarta ou quinta vez. Sempre me surpreendo, me emociono, me divirto com esse personagem tão real, tão ele.

Amo Cazuza e tudo o que ele escreveu.
E amo o Daniel de Oliveira o interpretando de forma tão poética e verdadeira.
Todo o universo que o filme traz deixa a gente com receios e ao mesmo tempo com água na boca.


"Tenho dormido pouco,a noite. Nunca dormi tão pouco durante uma semana. Só nos encontros da faculdade. Mas aí não conta, tudo é festa. Preciso estudar mais, me concentrar mais também. Mas a noite é tão mais fresca, tão sedutora, convidativa... que mesmo sozinha não quero dormir. Ou acordar. Tarde sim foi feita prá dormir, entediante. prefiro toddy ao tédio!"
em 16/05/07
Ouvindo: Trilha do Filme


quinta-feira, 10 de maio de 2007

Flores de Setembro

Escondidos, roubados
silenciados.
Exigidos, implorados
espreguiçados.
Permitidos, perguntados
molhados.
Nossos beijos alados à luz do luar
Nossos beijos alados no escuro do quarto
Nossos beijos alados à quatro mãos
Nossos beijos alados
inocentes ou não.


Não lembro se postei no bagatelas, mas revi e deu saudade do poema.
De 18 de setembro de 2006.

Aproveitando para agradecer às visitinhas mais que queridas: Evinha, Gigi, Ju, Lucas e Bela.
Beijo de flor prá vocês!

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Conversa de orkut

Lucas escreveu:
Hey! Caracas, eu tava muito aflito essa noite (madrugada). Sabe o que me salvou? Ler uma coisa que eu havia escrito!Não é a Clarice que fala que escreve pra se salvar de si mesmo? Pois é dona Clarice, na noite em que escrevi aquela coisa eu estava preparando o meu salvamento de hoje. É tão bom saber que a gente também consegue se salvar do desespero né?Bjimzão! Te amo prima lua!

Aline respondeu:
tão legal saber q a gente pode se salvar né?um "a gente" de outro momento pode salvar "a gente" de um momento infeliz...alguém disse que "quem escreve um poema salva um afogado".no seu caso foi vc mesmo.que bom!muitos beijos primo querido!bom ouvir mais vezes sua voz.e suas risadas altíiiiiiiiissimas!HAHAHAHAHAHA

Uma lembraça que não queria esquecer.
Fica ela e tudo o que traz, registrada aqui.

Numa tarde dessas...

Senti a angústia e fui pra praia.
Sentei, chorei, pensei, escrevi, fotografei.
O resultado está aqui:



Pés agitam-se na fresca areia.
O escuro do esmalte ora surge por entre flocos cinzas tão finos.
Uma nuvem sozinha cobre o topo do Corcovado e aos poucos vai se modelando em dragão...uma vovó dragão!
Do outro lado, observo:
Um barco a vela que se vai, rápido;
A cidade aos pés do Cristo - que parece estancado, inerte, de tão cinza;
O sol que através da lente pinta um rosa assim degradé no céu enquanto se põe...
E tantos andares me circulando. Cada quadradinho, uma vida, seus problemas, incertezas e tristezas. O cotidiano maçante, as crianças que voltam do colégio, a maçã que a boca morde, tv e cama.
E me volto a mim.
O que vale? O que realmente vale na minha vida? O que eu dou valor e acho prazeroso para mim?
Pelo quê posso me dar ao luxo de chorar?
E sorrir?
O mar agitado parece querer engolir meu corpo, pés, bolsa, com alma e tudo. Assusta.
Mas a espuma é tão branca...
E um raio de luz, escondidinho no meio da espessa nuvem que anuncia chuva, me diz:
_ Aline, é preciso seguir.
E fim.


21 de março de 2007
Final de tarde na Praia de Icaraí.

sábado, 5 de maio de 2007

Inspiração

Bagatelas

Eu dizia "apareça"
Quando apareceu, não esperava
Um dia me beijou e disse "não me esqueça"
Foi embora
E só esqueci metade
Que bom que eu não tinha um revólver
Quem ama mata mais com bala que com flecha
Ela deixou furo
E a porta que abriu
Jamais se fecha
Nada disso tem moral nem tem lição
Curto as coisas que acendem e apagam
E se acendem novamente em vão
Será que a gente é louca ou lúcida
Quando quer que tudo vire música?
De qualquer forma não me queixo
O inesperado quer chegar:
Eu deixo
E a gente faz e acontece nessa vida
Nessas telas
Nessas bagatelas



Adriana Calcanhotto

Arquivo do blog