terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

É uma atividade interessante brincar de escrever poemas. Você escreve uma palavra e passa para o próximo e assim sucessivamente. O resultado final pode ficar bem criativo!
:)



Posso pintar, mas as estações não são iguais.
Cada instante é navio que parte,
mesmo junto não reflete o improvável da vida.
Quero, procuro, estou.
Depois, nada. O assim, assim é.
Não sou quietude,
sou plenitude,
sou fim.



14/07/06
Aline Miranda / Juliana Veiga

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O post de hoje dedico a Joelson, o anjo desconhecido que deixou o meu dia hoje mais florido!
O enterro da estrela

Assim que o sol raiou,
Assim que a manhã surgiu,
uma janela se abriu para ver a estrela que morreu.

Em meio ao grande jardim,
Girassóis, formigas, gafonhotos.
Nenhum corpo celeste estava.

Entre os passos acelerados,
Entre a fumaça dos carros,
Olhos saltavam e buscavam qualquer perdida luz.

Na areia fina e branca
A onda sem quase brancura
Presenteava com pequenos mares
As mãos ali molhadas.

E numa hora assim,
como qualquer outra,
Num instante sem sinos,
Surgiu a estrela na beira.

Seguiu dura e fria
para as mãos macias, com zelo
e depois para um cavado gelado.

Um beijo e o fim.

A janela então se fechou na segurança de papel cumprido.


Aline Miranda, 07/02/08.

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