Os carros, as pessoas, os homens da construção,
eles não sabem o peso dos olhos meus.
Nem os porcos, os corpos e copos virados na noite
sabem que minhas pernas, automáticas, levam meu corpo para caminhos que não escolhi.
Nem as flores murchas sabem que murcho eu também.
O choro da criança, o quente do pão, o cheiro do verde.
Eu passo, vazia.
Não sabem.
Menos saberei eu.
(20/05/09)
Um comentário:
Gostei do ritmo, mas temi o vazio...Ótimas imagens!
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