segunda-feira, 27 de maio de 2013

automne ardent

como dividir-se corpo e mente entre cometa e sol se a poeira os afastara em longo outono?
a que boca oferecer-se fruto?
o cavalo corria solto, praia, as mãos atadas sonhavam crina.
a sereia em outro lago
lado tão distante ao seu.
ainda podia sentir o eco de seu chamado de outrora
queimar-lhe peito, ferir-lhe bocas.
desalinho, corpo inverno sem cobertas.
mas sentia fogo.
água? mera ilusão juvenil.
era preciso terra.
terras!
sobre sob junto pelos lados.
do grão úmido da chuva,
sabia,
a mais forte colheita.

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