quinta-feira, 22 de novembro de 2012

daquele agosto oco

Eu devia ter batido-lhe na cara.
Mas eu estava tão fragilizada.
Meus ossos estavam já pendidos e com o sopro de tuas palavras você os quebrou.
Caí.
Não passei do solo esverdeado de ardósia porque não sou britadeira.
Meus pés pequenos não suportavam o peso do teu jeito feito piso, frio.
O seu não-abraço, não-consolo, seu não-não-deixar-me-cair.
Seu eu perto/longe, olhos tão vazios.
Eu sozinha, caída e você...
Você foi dormir o sonho dos anjos apaixonados.
Sem vontade, respeito ou compaixão de velar meu corpo morrendo no chão.

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