quinta-feira, 15 de novembro de 2012

ósculos oníricos

a chuva sobre a cidade
pingava
sonhos
pingava passos

formando peixes em calçadas
cavalos

embaçando óculos

na noite sem carros
sem degraus
o horizonte

roedores, dragões
feras noturnas
deuses soltos

entre línguas
entre pontos
entre dobras
e cantos

despertando os sonhos esquecidos
a cada manhã.



Um comentário:

arighi disse...

Eu gosto desse.

Ana Maria 202

Arquivo do blog