terça-feira, 20 de novembro de 2012

do frisson

mas o olhar...
ah, do olhar ninguém escapa.
é deixar-se ver para tudo voltar.
suspiros, calor no peito,
esquecimento da dor.

ah, pobre donzela,
de mim fugiste
foi tão fácil para você.
mas não contavas com o encontro dos olhos.
olhar-se nos olhos é como despir-se em bocas nuas.

e toda essa nudez será castigada
com a nudez da pele, do toque
por toda uma tarde,
noite adentro,
bem junto,
tão dentro.

ah, donzela,
por que subestimastes o poder de uma mirada?
(mirando e buscando,
teus olhos,
miranda,
da sacada).

2 comentários:

Joana Rabelo disse...

linda bossa!

azeitona disse...

lindura, miranda. ô.

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