Era assim que eu o via
como um marinheiro
no entardecer
um barco vagando solitário
no mar
Dizia ter poucos amigos
não sentia precisar das
pessoas
Ainda assim amava
se preocupava
era carinhoso
Mas da fala não era rei.
Era assim que eu o via
aquariano astronauta
no espaço
Seu céu era o sítio
a grama
os cavalos
o silêncio
e o radinho de pilha.
(às vezes eu também precisava da solidão)
Calado
engraçado quando bebia
sempre me surpreendia
quando de mim algo
ele sabia.
Não há certezas de ser.
Cada homem é um mundo
que lhe é certo
que lhe é o bom.
Eu o admirava.
Pelo seu grande saber
pelos livros tantos que lia
pelas boas músicas e discos que ouvia.
Gosto do que lhe gosta.
Gosto-lhe por me sentir tão parecida a ele.
Tantas vezes me vejo igual
no ser, sentir e gostar.
Meu pai, de quem herdei
rosto, traços, gostos e jeitos.
texto que escrevi para meu amigo-oculto - natal 2012
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2 comentários:
Que texto lindo!! queria escrever assim!! parabéns, a ti e a ele!
beijinhos
Coisa mais linda essa criança, gente!
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