Tenho observado um coser.
Na pele do meu antebraço direito.
Há tempos tenho uma espécie de cravinho persistente.
Hora ou outra cismo em cutucar, tento içar com pinça, com o intuito de ver o buraquinho que fica.
Mas acabo por ferir a pele toda ao redor.
Só noto depois.
É um ciclo-pacto entre mim e meu corpo.
E dias depois, eis que o milagre da pele começa a agir.
As bordas grudando como se costuradinhas, casquinha, e vermelhidão dando lugar ao rosado.
Tudo bem lentamente.
É vida.
Amo corpo.
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pena a qualidade do celular ser tão ruim. a poesia às vezes (tantas) não é ficção. e vejam que as linhas na ferida parecem formar um coração. |
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