terça-feira, 25 de setembro de 2012

dos deuses, da solidão

os deuses dos sonhos
os deuses do espanto
tremem de medo
a cada noite
em suas camas vazias.

os deuses correm contra o tempo
contra as cinzas
o mofo
o acelerador dos veículos
terrenos.

enquanto cada um dos deuses
se agita
sem conseguir dormir
minha rede balança
com o vento
meus cabelos balançam
com a rede
e os sinto acordados tão perto de mim.

Um comentário:

Yan Venturin disse...

Muito bonito o poema... adorei... e não tem muito haver mas me lembrei da linda música dos mutantes...

"Eu juro que é bem melhor, não ser o normal... Se eu posso pensar que Deus, sou eu..."

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